sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Hoje ( 21/10/2011), nosso 2º encontro do “REMIX de MEMÓRIAS” no LIE/MJ/DRE-G

             Hoje (21/10/2011), realizamos nosso segundo encontro do projeto “REMIX de MEMÓRIAS” no Laboratório de informática educativa, em nossa EMEF. “Madre Joana Angélica de Jesus”/DRE-G no horário das 12:10 às 13:40. Estiveram presentes em nosso encontro os alunos monitores: Carlos Eduardo, Luísa e Tamires (5ªA); Nathalli e Noemi (6ªC); Edson (7ªA) e Camila (8ªB).
  
            Infelizmente não contamos com a presença de todos, pois o monitor Daniel (7ªD) precisou fazer uma viagem de emergência com nessa semana, já as alunas Karen e Nicolie não puderam comparecer por motivos particulares. Como no dia de hoje, apenas três alunos vieram preparados para nos contar suas histórias, caso os alunos que faltaram se atualizem sobre o encontro de hoje e tragam o solicitado para o próximo encontro permanecerão neste projeto, senão ficará inviável, pois faremos as outras gravações no próximo. A aluna Luísa trouxe somente uma memória marcante e engraçada “Medalha de peso”, mas somente a de seu pai (é claro que memória de pai e mãe é nossa também, algumas de tanto que ouvimos (e é bom), às vezes até achamos que estávamos lá assistindo a tudo no exato momento e mesmo que ainda nem fôssemos nascidos, não é mesmo?!), uma pena que ela não tenha nem a medalha e nem a foto, mas vale a pena conferir a história. Essas eram pra ser trazidas hoje, mas para apresentação em data a ser marcada, então ela fará a gravação de uma memória sua, juntamente com os alunos faltantes.  
            Iniciamos a nossa reunião, assistindo ao vídeo da roda de memórias dos jovens surdos (CORPOSINALIZANTE), conforme citado na publicação anterior neste nosso BLOG em nosso 1º encontro (com o link do canal), ratifico assistam é muito bom, bem como o BLOG deles (http://corpo-sinalizante.blogspot.com/) e é um trabalho sensacional o que desenvolvem!!! E ajudou a reforçar o texto “Rodas de Histórias” (Instituto Museu da Pessoa) que traz dicas e orientações para sua montagem e publicação. Comentei com os alunos sobre a atenção que os colegas prestavam em quem estava com a “fala”, até porque como eles utilizam-se dos sinais para comunicar-se (ou leitura labial) é necessário não desviar o olhar e esta foi apenas uma das muitas lições ricas que nos trouxeram.
 
            Fiz a abertura e aproveitei o objeto de estimação do Edson (carrinho de ferro) feito por seu pai quando ele tinha oito meses de vida, para já dar uma ideia do que faremos a seguir na hora de fazermos as conexões das histórias, então, comentei com eles que meu pai era ferramenteiro e aposentou-se na Bardella e ganhou uma estatueta de ferro (não me recordava de quem) que desde muito pequena eu me lembro dela, ela fica na estante da casa dos meus pais (há muitos anos).
            Teve também a foto em frente à porta do quarto da turma da Mônica, que era o quarto dos sonhos da Nathalli, de uma excursão da escolinha quando ela tinha cinco anos, ao Parque da Mônica.
Aproveito esta publicação para acrescentar que assim que cheguei em casa, mostrei a gravação pro meu pai e perguntei pra ele sobre a estatueta (um Bandeirante) e ele resgatou a sua história, mas como ele é perfeccionista (e eu tenho a quem puxar, atualmente, continuo e sempre o farei primando pela qualidade, mas podemos aproveitar o momento, as oportunidades e nem o material que temos em mãos e depois ir melhorando, enfim, mas ele...), não quis que eu filmasse, pois quis 1º confirmar com meu tio Hélio (seu irmão), que foi quem lhe dera o presente que ele havia ganho na época em que trabalhara na COSIM, e meu pai como gostou muito perguntou se ele não conseguiria uma pra ele também e meu tio explicou-lhe que fora uma homenagem apenas para alguns funcionários, mas aí meu tio percebeu que ele gostou muito e lhe deu de presente, eu fui fazendo mais perguntas pra ver se lembrando ele resolveria filmar, mas não teve jeito, “hoje não, ele disse”, mas ele ficou de buscar mais detalhes com meu tio, hoje teremos só o áudio que fiz enquanto o chamei novamente pra ir fazendo o registro escrito e aproveitei e deixei gravando, mostrei-lhe depois e como ele não se opôs ao áudio resolvi incluí-lo enquanto não sai a filmagem!!!
Foto da estatueta de ferro, pertencente ao Sr.José Ricardo (pai da POIE Lu)
Está aí, uma das muitas importâncias e riquezas deste projeto, estreitar ainda mais os laços e às vezes, porque não? Reaproximar pessoas (até amigos e famílias)!!! 
            O nosso único contratempo foi quase no final, pois por não termos terminado no horário previsto, mas com 10 minutos de atraso (que foi a tolerância inicial também), acabou por coincidir com a entrada dos alunos (não no LIE, pois às 6ªs feiras a 1ª turma é só às 14:15, mas todas as outras), e atrapalhou um pouco a fala da Luísa (nada que prejudique o entendimento), mas como iremos publicar o texto escrito também e esta história ela irá contar novamente quando todos trouxerem a história de alguém que eles queiram, assistimos e foi possível entender ao áudio, optamos por publicar assim mesmo, pois a turma gostou!!!
            Contamos novamente com a colaboração da jovem TEC Roseli que dessa vez fez as fotos e a filmagem.
Ao encerrar as filmagens a Camila, que comentará no próximo encontro começou (como no encontro anterior, com as leituras) novamente a fazer suas conexões, mas hoje com as histórias dos colegas, e trouxe outros bons exemplos, falou: “quando eu vi este carrinho (e o segurou), me lembrei de uma vez em que meu cabelo enrolou no carrinho de rolimã, nem sei como!”, pronto... foi ela falar e eu num impulso, levantei-me e disse: Isso!!! É isso gente, e então eu já me conectei à sua história (agora o carrinho de rolimã) e comentei: “certa vez eu estava em um e consegui (não sei como também) passar a roda em cima do meu dedo, foi a última vez em que andei em um, mas era muito até quando saíamos todo esfolados!!!
 Fiquei muito feliz, porque nesse nosso encontro surgiram várias remix através apenas de um dos objetos e comentei com eles: “imaginem se todos tivessem falado hoje e mais ainda se todos tivessem conseguido vir e participar!!!”, mas estou muito satisfeita com o resultado, pois o motivo de ter transcorrido os dez minutos após encerrarmos foram as falas e que ainda bem não esperou o próximo encontro, foi o fato da Camila ter ficado observando o carrinho do Edson, segurá-lo e fazer o comentário supra citado. Falei pra ela e já deixei a dica para o nosso próximo encontro que caso surja esta conexão no bate-papo, mesmo pós-encerramento do encontro a gente retoma e gravar os comentários. Para tanto no próximo encontro pretendemos deixar 15 minutos só pra esse bate-papo sem compromisso, mas deixar rolando a filmagem e fazemos a edição depois ou fica tudo como “Making-of”, vamos ver como será, a continuação dessa história  (ou histórias!!!).
            A definição objeto biográfico é perfeita, pois mais do que o afeto que temos, é aquele objeto que temos também ciúme (como disse o Edson), temos todo cuidado, fazemos mil recomendações (iguais às que recebi de meu pai, quando comentei com ele que levaria a sua estatueta no próximo encontro, vejam só o tamanho da “responsa”!), mas isto expressa bem o que é o objeto biográfico ele é tão forte em nossas vidas que mais do que parte dela é como se fosse um pedaço de nós, e é!!!
            Novamente foi um imenso prazer e já sabia de antemão que o seria, pois este projeto em si, nos traz um leque de oportunidades, não só de trabalho, mas como comentei, de enriquecer as conversas em família, bem como até de resgatá-las, pois quem não gosta de contar, ouvir e relembrar histórias, histórias nossas, dos nossos, dos outros, memórias que se entrelaçam, se fundem, se confundem e fazem várias interconexões – fazem... Remix de memórias!!!
 
Vídeo com melhor resolução no canal do YouTube (http://www.youtube.com/watch?v=_8rfsR_6wrU)
           POIE Luciana/EMEF. “Madre Joana Angélica de Jesus”.

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